Reza a lenda que num belo dia de S. João, uma menina das Antas foi levar o almoço ao seu pai que guardava o rebanho nos arredores da aldeia.
Quando regressava a casa, com um cântaro de leite à cabeça, apareceu-lhe, de repente, perto de uma fraga, uma velhinha.
A anciã pediu-lhe um pouco de leite e a menina, gentilmente, deixou-a beber do cântaro.
Quando bebeu o leite, a velhinha agradeceu à menina e lançou para dentro do cântaro cinco bugalhas.
A menina ficou surpreendida com a estranha atitude da velhinha e muito preocupada, com receio que o leite se estragasse. Atrapalhada, meteu imediatamente a mão no cântaro, tirou três bugalhas e lançou-as para o chão, mas não viu as outras duas, que eram mais pesadas e se depositaram no fundo do cântaro. Só depois percebeu que a velhinha desaparecera sem deixar rasto.
Quando chegou a casa e despejou o leite para um alguidar de barro, para mais tarde fazer um queijo, encontrou duas moedas de ouro coladas ao cântaro. Muito feliz, contou à mãe o que lhe acontecera.
Como a mãe dela suspeitou que a velhinha talvez fosse a Moira Encantada que guardava um rico tesouro, as duas decidiram voltar ao lugar onde a menina vira a misteriosa mulher e onde lançara as bugalhas. Mas, quando lá chegaram, nada encontraram, nem a velhinha nem as bugalhas!
Reza também a lenda que na madrugada do dia de S. João costuma aparecer roupa, muito branquinha, estendida perto da Fraga da Moira, mas, tal como aparece, desaparece misteriosamente.
***
- Se destruírem a minha casa, acabo com o mundo!
E, com medo que isso acontecesse, nunca mais ninguém incomodou a Moira Encantada.
Autores: Ana Cruz, Catarina Martins e Gaspar Martins
Autores: Ana Cruz, Catarina Martins e Gaspar Martins


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