![]() |
| Ponte da Pedrinha no Verão |
O que ninguém sabia era que ele não trabalhava sozinho. Trazia sempre consigo uma pequena arca invulgar onde guardava uns minúsculos e irrequietos mafarricos/diabretes que o ajudavam nas suas “milagrosas” construções.
Esta estranha equipa apenas trabalhava durante a noite e só parava quando cantava o primeiro galo.
O mestre pedreiro e os seus discípulos trabalharam arduamente durante a primeira noite.
Um pouco antes da alvorada, diz um dos mafarricos:
- Ó patrão, já canta o galo!
- E que galo canta? – pergunta o mestre.
- O amarelo! – responde o mafarrico.
- Então, já não trabalha o martelo! – conclui o patrão.
O mestre pedreiro e os seus discípulos trabalharam arduamente durante a segunda noite.
Um pouco antes da alvorada, diz um dos diabretes:
- Ó patrão, já canta o galo!
- E que galo canta? – pergunta o mestre.
- O branco! – responde o diabrete.
- Então, já me sento no banco! – conclui o patrão.
O mestre pedreiro e os seus discípulos trabalharam arduamente durante a terceira noite.
E, quando se preparavam para colocar a última pedra, um pouco antes da alvorada, diz um dos mafarricos:
- Ó patrão, já canta o galo!
- E que galo canta? – pergunta o mestre.
- O preto! – responde o mafarrico.
- Então, cesso, que me derreto e mais não prometo! – conclui o patrão. E lança a última pedra, que não chegara a colocar na ponte, para o chão.
Como não tinha terminado a obra, o misterioso mestre pedreiro sabia que não tinha o direito de receber o pagamento pelo seu trabalho e partiu, com a sua pequena arca invulgar, sem deixar rasto.
De manhã, quando os habitantes da aldeia foram ver a ponte, ficaram encantados com a proeza do mestre pedreiro e surpreendidos por não o encontrarem no local para receber o seu dinheiro, uma vez que cumprira a sua promessa, concluindo a obra em três noites.
Foi então que repararam que a obra não fora concluída, pois tinha sido deixada, perto da ponte, uma pequena pedra. Como essa pedra parecia encaixar perfeitamente num pequeno buraco que se via na ponte, colocaram-na nesse lugar e foram todos para a aldeia festejar.
Ora no dia seguinte, a pedra apareceu novamente no chão, ao lado da ponte. Colocaram-na uma vez mais no buraco e ela voltou a aparecer deitada no chão. E isto repetiu-se nos dias seguintes. Então as pessoas cansaram-se de a colocar na ponte e lançaram-na para o rio.
A partir desse dia, toda a gente começou a chamar àquela ponte “A Ponte da Pedrinha”.
O tempo foi passando e a ponte ficou conhecida, simplesmente, como “Ponte Pedrinha”.
- Ó patrão, já canta o galo!
- E que galo canta? – pergunta o mestre.
- O amarelo! – responde o mafarrico.
- Então, já não trabalha o martelo! – conclui o patrão.
O mestre pedreiro e os seus discípulos trabalharam arduamente durante a segunda noite.
Um pouco antes da alvorada, diz um dos diabretes:
- Ó patrão, já canta o galo!
- E que galo canta? – pergunta o mestre.
- O branco! – responde o diabrete.
- Então, já me sento no banco! – conclui o patrão.
O mestre pedreiro e os seus discípulos trabalharam arduamente durante a terceira noite.
E, quando se preparavam para colocar a última pedra, um pouco antes da alvorada, diz um dos mafarricos:
- Ó patrão, já canta o galo!
- E que galo canta? – pergunta o mestre.
- O preto! – responde o mafarrico.
- Então, cesso, que me derreto e mais não prometo! – conclui o patrão. E lança a última pedra, que não chegara a colocar na ponte, para o chão.
Como não tinha terminado a obra, o misterioso mestre pedreiro sabia que não tinha o direito de receber o pagamento pelo seu trabalho e partiu, com a sua pequena arca invulgar, sem deixar rasto.
De manhã, quando os habitantes da aldeia foram ver a ponte, ficaram encantados com a proeza do mestre pedreiro e surpreendidos por não o encontrarem no local para receber o seu dinheiro, uma vez que cumprira a sua promessa, concluindo a obra em três noites.
Foi então que repararam que a obra não fora concluída, pois tinha sido deixada, perto da ponte, uma pequena pedra. Como essa pedra parecia encaixar perfeitamente num pequeno buraco que se via na ponte, colocaram-na nesse lugar e foram todos para a aldeia festejar.
Ora no dia seguinte, a pedra apareceu novamente no chão, ao lado da ponte. Colocaram-na uma vez mais no buraco e ela voltou a aparecer deitada no chão. E isto repetiu-se nos dias seguintes. Então as pessoas cansaram-se de a colocar na ponte e lançaram-na para o rio.
A partir desse dia, toda a gente começou a chamar àquela ponte “A Ponte da Pedrinha”.
O tempo foi passando e a ponte ficou conhecida, simplesmente, como “Ponte Pedrinha”.
***
Caracterização do monumento
| Ponte da Pedrinha no Inverno |
Não se sabe ao certo quando é que foi construída, mas costuma ser classificada como uma ponte romana, que poderá ter sido reedificada na Idade Média.
![]() |
| Ponte da Pedrinha no Verão |
Esta singela ponte passa o ano escondida, na companhia dos peixes e dos verdes limos, mas, tal como uma bela ninfa, surge das profundezas aquáticas, no fim do Verão, quando diminui o caudal da barragem.
![]() |
| Ponte da Pedrinha no Outono |



Sem comentários:
Enviar um comentário