Necrópole da Lameira de Cima

Na necrópole da Lameira de Cima, nas Antas, existem dois monumentos funerários megalíticos: o dólmen1 (de maior dimensão) e o dólmen2 (de menor dimensão).
Hoje, restam apenas os “esqueletos” desses monumentos: as grandes pedras das câmaras e dos corredores. As mamoas, montes artificiais ou montículos feitos com terra e pequenas pedras, que os protegiam, deterioraram-se ao longo dos séculos. 
Nesse local foram realizadas várias campanhas de escavações arqueológicas entre 1989 e 1994, que situaram a utilização desses monumentos nos finais do 4.º milénio, inícios do 3.º milénio a.C.
São, essencialmente, monumentos de carácter funerário, sendo construídos para guardar os restos mortais das pessoas mais importantes da comunidade, juntamente com os objetos de valor, necessários para a vida depois da morte.
Nestes dólmens também se realizaram outros cultos religiosos. Quando fizeram as escavações, foram encontrados vestígios de cinzas cerimoniais. São também considerados monumentos ligados ao culto da natureza. Ao serem enterrados nestes monumentos os homens dessas eras longínquas acreditavam que regressavam para o interior do útero da Mãe Terra.
Nessas escavações foram encontrados vários artefactos (machados, pontas de seta, enxós, cerâmicas, entre outros). Este espólio foi guardado inicialmente no museu Grão Vasco de Viseu, mas atualmente encontra-se no Centro de Interpretação de Penedono.


Autores: Ana Cruz, Catarina Martins e Gaspar Martins

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